Querida Katy #7 / 2ª Temporada

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Katy Woods
                Eu tinha apenas 5 anos quando a minha inocência foi tirada de mim, e eu me lembro de tudo, detalhe por detalhe de tudo que aconteceu, apesar de querer bloquear tudo da minha mente.

                Eu era apenas uma criança, mas já fazia parte de um meio doentio e sádico de pessoas sem coração, sem compaixão. Fui vítima de caras nojentos, e fui usado pelo meu próprio pai como meio de ganhar dinheiro sujo.

                Ele quer fazer isso comigo de novo. Ele quer que eu sofra, quer que eu sinta dor, quer que eu me torne um lixo novamente, mas agora em um lugar profissional. Acho que minha infelicidade é a felicidade do meu pai. Acho que ele gosta disso, acho que ele não se importa como eu me sinto, ou como isso me afeta.

– Por quê? – Perguntei.

                Eles olharam para mim e meu pai começou a rir histericamente de mim e Gisela o acompanhou. Eles acham que isso é uma piada, eu sou a piada para eles. Eles são frios e insensíveis.

– Porque você é uma vadia estúpida, porque você nasceu para fazer isso. – Meu pai gritou na minha cara.

                Comecei a soluçar, mas era um choro de desespero que estava preso na minha garganta desde o momento que eu coloquei os pés nesse lugar imundo.

– Escuta só, garota. Você não está aqui para chorar, não quero esse seu rostinho lindo inchado de noite, quero lucrar com você, querida Katy. – Gisela falou, segurando meu rosto com os dedos, pressionando com força.

                Uma menina entregou uma bolsa de gelo nas minhas mãos, eu a coloquei no meu nariz e fiquei em silêncio olhando para os meus pés.

– Marta, leve está menina para um dormitório. – Gisela mandou.

– Venha comigo.

                A menina parecia simpática e sorriu para mim e segurou minha mão. Caminhamos pelo salão, chegamos na cozinha e tinha uma porta, era um corredor e havia duas portas e uma escada, preponho que a escada seja a casa de Roger e Gisela.

– Eles moram subindo ali, certo? – Apontei para a escada.

– Ah sim, normalmente nós vamos lá limpar um dia sim e um dia não. Então, você vai ficar no mesmo dormitório que eu, tem uma cama vaga.

                Ela abriu a porta do quarto e tinhas umas meninas lá, uma deitada ouvindo música, uma lendo livro e outra mexendo em uma das penteadeiras que tem no quarto. No momento em que eu entrei todas olharam para mim com um olhar curioso, mas ninguém disse nada.

– Você vai ficar nessa cama, esse baú é para você por suas roupas e pertences em geral. – Ela apontou para uma cama encostada na parede.

– Muito obrigada... Eu...

                Fiquei parada olhando para o chão, pois não tenho ideia do que dizer. É tão difícil estar aqui, tudo é tão distante do que eu estava vivendo enquanto a minha avó estava viva, diferente de quando eu tinha Megan e Louis ao meu lado.

– Olha, vai ser difícil nos primeiros dias, mas depois você vai se acostumar. – Uma das meninas falou.

– Mas eu não quero estar aqui... – Comentei.

– Nenhuma de nós queremos, mas temos necessidades para ser supridas. – Marta disse.

– Nós vimos como o Roger te trouxe. Nossa, eu odeio aquele cara. Vocês se conheceram aonde? Você deve algo a ele?

Ele é meu pai, infelizmente.
CONTINUA

7 comentários:

  1. Meu Deus!!!! Que final!!!! Quero mais logo, to sofrendo por causa desses capítulos! Por favor

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  2. sofremos...
    QUE AGONIA ESPERAR CADA CAPÍTULO SEU MOÇA KKKKK
    Maravilhosa, continua!

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  3. Menina, não faz isso, cadê a consideração comigo? Trata de postar logo.
    ain deus.
    Tá incrível!

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  4. Quando vc vai posta?? responde??

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  5. Posta logo, ninguém merece espera

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  6. Continua quando????? pelo o amor de Deus posta logo.

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