Querida Katy #12

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Katy Woods

                Tudo está sendo tão difícil essa semana, eu estou doente e não passa. Talvez por causa do medo, os pesadelos têm voltado conforme o mês tem passado. Meu pai vai sair da prisão por bom comportamento, a pena dele foi, infelizmente, reduzida, e em breve ele será um homem livre. Eu estou com pânico. Eu não quero que ele volte para casa, ele é um homem ruim, um homem muito cruel, um sádico e tudo de ruim que há nesse mundo.

                Eu achei que poderia perdoar tudo o que ele fez contra mim, mas acho que isso é algo impossível de se fazer. Só eu sei o que eu passei, somente eu sei da dor que sinto todos os dias da minha vida ao lembrar-se da minha terrível infância. Nenhum pai de verdade faz o que ele fez. Ele não é o que pode se chamar de pai, ele nunca foi um pai e nunca será.

                Hoje eu decidi ficar sozinha, e o melhor lugar para se fizer isso é no apartamento que Louis comprou para nós dois podermos ter um tempo juntos. Meu pai vai ser solto amanhã, e eu ainda não achei nenhuma desculpa boa o suficiente para enrolar a minha avó. Eu não sei como eu vou lá. Não sei como fazer isso. Eu tentei me preparar esses anos todos para esse momento, mas não sei como fazer isso. Não sei como me comportar ao lado desse homem, ainda mais com ele em liberdade.

                Eu tenho tomado alguns antibióticos para melhorar, mas eu estou emocionalmente doente, não fisicamente. Tenho tido febre, enjoos, fiz diversos exames e nada. Fiz uma sopa de legumes e me sentei ao sofá para comer alguma coisa.

                Eu fiquei nervosa ao ouvir o barulho da porta se abrindo, tudo tem me deixado assim nervosa, mas me tranquilizei ao ver Louis entrando. Eu tenho que parar de sentir medo de tudo, eu já tenho 17 anos, ninguém vai fazer algo contra mim, não mais.

– Oi, eu não esperava te ver por aqui. – Ele falou.
– Pois é, eu estava querendo ficar um pouco sozinha.
– Eu posso ir embo...
– Não, as coisas se tornam melhor quando você está comigo, fique, por favor. – Interrompi a frase dele.

                O sorriso de Louis fez as coisas ficarem mais claras para mim. Eu coloquei o meu prato sobre a mesa de canto e o chamei para sentar ao meu lado.Quando estive próximo o suficiente dele o abracei e comecei a chorar. Ele me abraçou e tudo fica incrivelmente bem quando estou ao lado dele. Louis se tornou meu porto seguro.

– Ei, o que está acontecendo? – Louis perguntou.

                Eu fiquei o encarando. Ele alisou minhas bochechas com o polegar e beijou a minha testa. Eu sinto que isso é uma forma dele dizer “Ei, está tudo bem, eu vou estar ao seu lado para sempre”. E isso é o que me conforta, eu sei que ele está aqui, eu sei que ele é real.

– Meu pai vai ser solto por bom comportamento. Eu estou apavorada, Louis, eu não quero ele debaixo do meu teto.

                Louis voltou a me abraçar. Parece que ele sabe sobre tudo o que eu passei, de cada detalhe, mas ele não sabe, ninguém sabe.  Mas mesmo sem saber ele me conforta, ele alivia um pouco dessa dor dentro de mim, por mais que seja um alivio superficial.

– Por que você sente tanto medo?
– Louis, meu pai é um homem ruim, eu o viu destruindo vidas, famílias, eu presenciei ele matando um homem.
– Eu estou com você, não vou deixar que ele faça nada contra você.

                Louis em abraçou forte e eu me senti segura e amada, como nunca fui em toda a minha vida Eu não sabia como era me sentir assim.

 – O que você quer? – Ele perguntou.
– Você...

                Ele sorriu e me abraçou mais forte ainda. Eu amo tê-lo por perto, amo poder abraçá-lo. 

– Vamos para o quarto...

                Ele se levantou e pegou em minha mão. Amo quando Louis arruma tempo para me amar, para me beijar, me tocar.

                Eu me deitei na cama e Louis se deitou sobre mim.

– O que está acontecendo, Katy? Me fala. – Louis falou fazendo carinho em mim.
– Eu não quero...
– Ele forçou você a fazer alguma coisa? Ele tocou em você?

                Eu senti algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Virei a cara porque eu não queria ficar olhando a intensidade do olhar de Louis. Ele secou algumas lágrimas minha e beijou minhas bochechas.

– Eu quero que você me conte as coisas para eu poder te ajudar.
– Eu sei, mas eu não quero dizer o que ele fez.
 – Eu não vou ficar tranquilo sabendo que ele fez algum mal a você, ele vai voltar Katy.
– Eu sei, mas eu ainda não me sinto a vontade para falar sobre isso, me desculpe.
– Eu entendo você.
                Ele beijou a minha testa e depois me deu um beijo calmo e tranquilizador. No momento ele é tudo que eu preciso.

– Você quer fazer mesmo? – Louis parou e me perguntou
– Você está me tratando como se eu fosse uma virgem...
– Você não está bem, Katy.
– Nada que você não possa melhorar.

                Louis voltou a me beijar calmamente. Rapidamente todo meu corpo foi se esquentando e pedindo mais e mais. Eu o queria como nunca quis antes.

_____X_____

                Eu acordei com febre e vomitando, passei a noite toda em claro com a minha avó ao meu lado, ela sempre esteve comigo cuidando de mim, e eu não sei o que fazer para retribuir todo esse amor e carinho dela.

                Minha avó me pediu tanto para ir ao presidio hoje buscar meu pai, mas eu não quero fazer isso, não quero ir, mas irei fazer isso por ela, porque eu a amo e o minimo que eu posso fazer. Ela sempre esteve ao meu lado, e agora eu tenho que estar ao lado dela.

                Enquanto eu me arrumava Louis mandava várias mensagens positivas para mim, e eu conseguia sorrir a cada uma delas. Megan se ofereceu para ir comigo, mas eu acho que um presidio não é lugar para uma menina como ela entrar. Megan é uma menina muito doce, muito meiga, um presidio é um lugar pesado para ela frequentar. Eu já passei por bastantes coisas, então não me abalo muito de ir lá, só o fato de ver meu pai que me assusta bastante.

                Saí de casa com a minha avo, ela quer me levar a um hospital, mas eu sei que não há necessidade disso, até porque eu sei o que eu tenho, meu problema é psicológico, não nenhuma doença além disso. Às vezes o medo faz coisas horríveis com a gente.

– Filha, por que você não conversa mais comigo? – Minha avó perguntou, alisando a minha perna.
– Por que está perguntando isso?
– Você está diferente, eu te conheço, Katy. Tem algo acontecendo com você, na sua vida, eu sei, e acho que você deve me contar.

                Fiquei pensando no que fazer, no que pensar e no que falar. Eu não vou conseguir esconder algo da minha avó, não por muito tempo, e eu já estou com Louis há alguns meses.

– Eu quero contar, mas eu não posso contar.
– É o Louis certo? Eu sei que é só pela cara que você fez agora.
– Como a senhora sabe?
– Eu liguei os pontinhos. Ultimamente você só tem falado nele, e a forma como vocês trocaram olhares quando ele foi lá na nossa casa.
– Não sei o que dizer...
– É errado, muito aliás, mas eu não vou impedir nada, até porque vocês dois já têm idade o suficiente para saber o que é certo e errado. Vai adiantar de alguma coisa se eu impedir?
– Eu o amo, eu realmente sei que o que estamos fazendo é errado, eu sei que estou traindo a minha melhor amiga, mas eu realmente o amo de verdade, e não vejo uma maneira disso passar.

                Eu contei a minha avó algumas coisas, sobre como Louis é comigo e o que ele fez para nós dois podermos nos encontrar de vez em quando. A minha avó até que foi bastante compreensível comigo, e ela achou que ele realmente é um bom namorado para mim, mas ela não deixou de dar um sermão em mim. E ela está certa, o que estamos fazendo não deixa de ser errado, mas é difícil deixar de lado esse amor que existe dentro de mim. Eu o amo de verdade e acabei de assumir isso para mim mesma.

                Eu fiquei bem aliviada ao saber que não é necessário entrar no presídio. Minha avó e eu ficamos esperando meu pai do lado de fora, encostadas no carro. Meu corpo todo ficou tenso quando eu via quele homem, dono dos meus pesadelos, saindo de dentro do presídio. Ele caminhou até a mim, me abraçou e eu não conseguia retribuir o abraço. Senti muito nojo, muito nojo dele.

– Que saudades de você, querida Katy.
Continua
Finalmente eu consegui postar o capítulo 12 para vocês!!!
Agora que já estou de férias pretendo postar a fanfic uma vez por semana, isso se tudo der certo.
E NOVIDADE!
O que vocês acharam do novo tema do blog? Quero agradecer a queridíssima Rebeca Alves por fazer o template para a gente.
Meninas eu também estou aceitando blogs para afiliação aqui, para combinar isso direitinho comigo é só me adicionar no Facebook e falar comigo por lá, quem sabe eu gosto do seu blog.


Comente aqui o que achou do capítulo, isso me incentiva muito a continuar.

XoXo, amo vocês!

3 comentários:

  1. Nossa primeiro comentário, que honra rsrs, muito perfeito!!!! To louca pra ver o que vai acontecer. O que será que o pai dela vai casar hein?! O.o Estou louca pra saber, posta mais um Duda!!!

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  2. Ai mds só você mesmo para me fazer ficar acordada até essa hora lendo hahahahah
    Cara, esse capítulo ficou tipo uma mistura de uma coisa muito fofa com uma bem tenso, mas ficou perfeita, eu amei!
    Beijos, e continua sua linda

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  3. Haaaaaaaaaaaaaaa tá perfeita vc é uma ótima escritora duda

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