Eu não quero, eu não
posso simplesmente acordar. Queria que tudo isso que aconteceu fosse um
pesadelo. Abri meus olhos e eu estava em um quarto de hospital, uma lagrima
caiu do meu olho. Eu olhei em volta e meu pai estava sentado e ao seu lado
Cindy o abraçando.
- Pai... – Eu falei e ele levantou a cabeça me
olhando, seus olhos estavam inchados parecia que ele tinha chorado muito. – O
que houve? – Eu perguntei e ele voltou a chorar. Meu peito se apertou e eu
voltei a sentir dor, muito dor, dor no meu coração.
- Filha... – Ele ficou de pé e veio caminhando
até a mim, ele segurou minha mão e me olhou ainda com lagrimas em seus olhos. A
última vez que vi meu pai chorando assim foi quando minha mãe morreu. – Eu não vou conseguir Cindy... – Meu pai
falou saindo do quarto quase correndo.
- Cindy o que está havendo? – Eu perguntei.
- Só um minuto eu já volto. – Ela sorriu torto
e depois saiu do quarto. Eu estava sentindo dor, uma dor inconfundível, eu
tinha medo do que iria ouvir, não poderia ser isso. Eu coloquei a mão em meu
rosto e comecei a chorar, eu chorava querendo que toda aquela dor que eu estava
sentindo passasse, mas não passava. Eu coloquei a mão em minha barriga e ela
estava dura, ela estava vazia. Isso não pode ter acontecido.
- Filha! – Era a minha vó entrando no quarto
indo me abraçar.
- Vó, por favor, fala que não aconteceu nada
com o meu bebê! – Eu falei em prantos chorando demais. Ela me abraçou e apoiou
seu queixo na minha cabeça.
- Filha eu queria tanto poder te dizer isso...
– Ela falou chorando. – Mas infelizmente você o perdeu... – Ela falou e aquelas
palavras pareciam porradas na minha cabeça. Eu não conseguia parar de chorar,
eu sentia uma dor tão forte, uma dor que nunca senti antes, meu coração foi arrancado
sem anestesia.
- Não isso não pode ter acontecido... – Eu
falei em prantos. Eu não sabia o que pensar, mas doía. – Eu fui fraca vó, eu
não consegui dar a vida ao meu filho. – Eu falei e ela apertou mais o nosso
abraço.
- Não fala isso. – Ela se sentou na cama e
segurou minha mão. Eu queria parar de chorar mais eu não conseguia. Minha
cabeça estava doendo muito, parecia que alguém tinha a cortado, minha têmpora
iria explodir a qualquer momento. – Minha filha sua gravidez estava recente,
era de risco, você sabe disso, não fala que você foi fraca, você tentou, você
queria esse bebê isso que importa. – Ela falou e eu coloquei minha mão em meu
rosto soluçando mais ainda.
- Eu quero morrer... – Eu falei entre os meus
soluços.
- Não fala assim... Você ainda é nova minha
querida. Eu já perdi minha filha não aguentaria perder você. – Ela falou me
abraçando. Minha vó perdeu sua única filha e nem por isso ficou assim. Sua dor
devia ter sido pior que a minha, porque ela conseguiu ver minha mãe e a viu
sofrer por causa do seu câncer.
- Você deve me entender? Sua dor foi pior que
a minha... – Eu falei.
- Eu te entendo, e sua dor foi a mesma que eu senti, mesmo você nunca
ter visto seu filho dói sim, eu consegui passar 43 anos com minha filha, eu
consegui ver você nascer, você que me deu forças para continuar, foi você. –
Ela falou me abraçando mais forte e eu chorei mais ainda. – Eduarda, pense em
mim, pense no seu pai e nas pessoas que você ama, antes de tentar fazer
qualquer coisa... Você é importante para nós, você é nova, você e o Harry são
novos e vão poder ter mais filhos. – Eu por um segundo não tinha pensado no
Harry, como eu falaria para ele que eu perdi o bebê por causa de uma fã dele?
Eu perdi meu bebê por causa dele! Se não fosse por ele eu não teria sido
empurrada por aquela menina e não teria perdido meu filho.
- Foi culpa dele. – Eu falei parando de chorar
por um segundo, mas as lagrimas ainda escorriam.
- Por quê? – Minha vó perguntou secando minhas
lagrimas.
- Foi à fã dele que me empurrou, foi por causa
dele.
- Não coloque isso na sua cabeça, não fala
assim Harry não tem culpa do temperamento das fãs dele. – Minha vó falou.
- Eu sei... Mas eu passei por cima de tanta
coisa, e no final isso me acontece, eu já cai no tapa duas vezes com fãs dele e
essa me agredi e eu perdi meu bebê. Eu tenho medo do que pode acontecer. – Eu
falei com a cabeça baixa, aceitando os fatos de que eu tenho que aceitar. Eu
não vou poder ter um bebê de novo.
Minha vó não falou nada
ela abaixou a cabeça e a balançou positivamente.
- Eu quero o meu pai... – Eu falei.
- Vou chama-lo... – Ela falou se levantando.
Em toda a minha vida o que mais me confortou foi ficar agarrada com meu pai por
um longo tempo. Ele sempre esteve ao meu lado e ele aguentou sozinho minhas
barras, ele e a Darlene e mesmo de longe minha vó me confortou.
Eu fiquei frágil depois
da morte da minha mãe, eu criei uma barragem que impedem meus sentimentos, para
eu não me ferir, eu não gosto de ser ferida... Quando eu conheci o Harry parece
que mudou, e meus sentimentos reviveram no meu peito, mas agora com isso eu
estou novamente ferida, e uma ferida dessas fica marcada como cicatrizes, e eu
já ganhei a segunda.
Meu pai chegou ao quarto
e sem falar nada ele ficou do meu lado, eu deitei em seu peito e ouvi seu
coração bater. Meu pai é a pessoa mais importante da minha vida. Ele sabe que
seu abraço vale mais do que mil palavras de conforto que ele poderia me dizer,
eu me sinto bem amada quando estou abraçada com ele.
Eu adormeci no colo do meu
pai e depois ouvi a porta se abrindo, era a minha obstetra que eu nunca sei o
nome.
- Oi Maria... – Ela falou se aproximando e eu
acordei meu pai não dormiu ele fez carinho em mim como todas as noites que eu
estava triste.
- Oi... – Eu respondi me sentando e meu pai
saiu do meu lado e ficou de pé.
- Henrique nos permite uma conversa a sós? –
Ela perguntou.
- Sim claro. – Ele respondeu. Depois ele deu
um beijo na minha cabeça. – Depois o papai volta. – Ele me beijou novamente e
se retirou.
- Oi querida... Como está se sentindo? – Ela
perguntou se sentando na beira da minha cama.
- Como eu poderia esta? – Eu respondi.
- Eu entendo... Eu trabalho com isso e sempre
vejo essas coisas acontecendo, ainda mais com adolescentes, mas você foi
diferente, eu vejo adolescente dando seus filhos ou até mesmo fazendo aborto.
Com você foi diferente você foi até o final, até onde você pode... Sua gravidez
era de alto risco e nem por isso você se importou, e agora está sofrendo com a
perda do seu filho. – Ela falou.
- Verdade, eu queria muito esse bebê. – Eu
falei.
- Eduarda, você e o seu namorado podem ter
outro filho, só espera um tempo, você é nova, é muito saudável, geralmente
gravidez antes dos 21 anos acontecem isso, tem mulheres eu perdem o bebê antes
mesmo de saber da gravidez. – Ela falou e eu concordei com a cabeça. – Eu sei
da historia da sua vida, e sei o motivo da perda do bebê, foi horrível. Eu
espero que você e o Harry superem isso. – Ela falou.
- Eu vou superar tudo isso... – Eu falei.
- Que bom, sei o quanto você é forte. – Ela falou
sorrindo e eu sorri torto para ela. – Maria Eduarda você vai receber alta
agora, eu vou chamar uma enfermeira para retirar seu soro. – Ela falou saindo
do quarto.
Depois a Andrielle
chegou com a enfermeira.
- Mana... – Ela falou sorrindo falso.
- Oi Ally... – Eu falei sorrindo falso também.
- Eu bati naquela garota, eu queria ter
evitado, me desculpa pelo amor de Deus. – Andrielle falou se sentando na minha
cama e chorando.
- Relaxa Ally a culpa não foi sua, eu estou
bem, eu juro. – Eu falei.
- Está bem. Duda eu lhe trouxe roupas,
porque
a sua sujou de sangue. – Ela falou me entregando a bolsa.
- Valeu Ally. – Eu respondi.
- Ah quando você chegou te deram banho enquanto
você estava desmaiada então não precisa tomar banho antes de por a roupa. – A Ally
falou.
- Ah qual é geral me viu pelada? – Eu perguntei.
- Não só sua vó e a minha mãe. – Ela respondeu.
- Menos mal. – Eu falei.
- É que você estava com muito sangue, e
precisou para fazerem os exames. Eles te sedaram sua pressão tava alta, ai
depois você relaxou enquanto dormia. – Ela explicou.
Eu troquei de roupa e me
sentei na cama.
- E o Harry? – Eu perguntei para a Ally.
- Ele não está conseguindo fazer o show, ele
chorou o tempo todo e as fãs sabem o que aconteceu... Uma foto sua desmaiada e
sangrando parou em um tumblr e rapidamente se espalhou pela internet, e o Harry
teve que explicar o que houve com você. – Ela falou olhando para baixo. Eu nem
quero ver essa foto.
- Elas sabem que eu estava grávida e que eu
perdi o bebê? Isso é horrível. – EU falei. – E nem quero ver essa foto. – Eu falei.
– Minha vida já era um inferno agora só vai piorar. – Eu falei.
- Sinto muito. – Ela falou.
- Está bem Ally, eu vou ficar bem, já apanhei
muito da vida, essa porrada eu aguento e não caio. – Eu falei.
- Sua força me surpreende. – Ela falou e eu
sorri.
__________________________CONTINUA_______________________
CONTINUO COM COMENTÁRIOS xoxo
posto logo o 6, to mt curiosa
ResponderExcluirbjss
continua, que perfeito <3
ResponderExcluirCONTINUA ESTA MAIS Q PERFEITO ESTOU AMANDO..... continua bjjjj
ResponderExcluirMeu Deus... Continua isso logo O.o
ResponderExcluirTo muito anciosa ^--^
Até chorei agora a duda não podia ter perdido o bebê da vontade de matar a puta que empurou a duda (mais isso é uma fic ) *-*
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