In Love With A Criminal #4

|| ||

Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.


                Meu irmão Nicholas veio passar o dia comigo, e como está sol ele e eu passamos o dia na piscina. Conversamos sobre várias coisas e ele respeitou o meu pedido de não falar sobre o que houve. Tenho tentado deixar a minha mente ocupada para não pensar no idiota do Z.

                Ele foi passar uns dias com a mãe dele, por isso não veio me ver antes. Mas eu não me importei, porque eu realmente precisava de espaço. Tudo tem sido tão difícil, faz duas semanas que eu tive o meu “encontro” desastroso com Z. eu nem quero pensar sobre isso, juro, não quero.

- E Sebastian? – Perguntou Nicholas.

- Por favor, não fale desse embuste.

                Eu nem me lembrava que essa pessoa existe. Estou sem vê-lo desde o ocorrido, por mim jamais irei voltar a vê-lo. Disse ao meu pai que eu preciso de um tempo para digerir toda essa história de casamento e ele do meu lado só atrapalha. Também pedi para pararem com os preparativos do casamento, a data, eu pedi para pararem com tudo, talvez com o tempo todos possam perceber o erro que tudo isso é. 

- Eu também não gosto dele, acho tudo isso muito errado.

                Tomei um banho após sair da piscina. Meu estômago roncou e eu fui até a cozinha pegar algo para comer, a minha mãe disse que eu estava gorda e com um corpo feio, então eu não tinha muita opção na hora de comer, optei por uma maçã. Quando eu estava saindo da cozinha eu dei de cara com Sebastian e seus pais.

- PUTA QUE PARIU! – Deixei escapar.

                Todos me olharam. Puta que pariu de novo. Todos olhavam para mim esperando alguma reação minha, e eu estava com a boca aberta olhando para eles. Talvez eu xinguei alto demais, talvez não, com certeza eu xinguei alto.

- Angeline... – Minha mãe murmurou.

                Eu estava estática olhando para eles, olhei para baixo e vi que estava vestindo uma bermuda jeans, estava com uma camisa rosa velha e cabelo molhada, tinha acabado de sair do banho.

- Perdão, eu não estou vestida apropriadamente, não esperava a visita de vocês, ninguém me avisou. – Tentei ser simpática.

- Então suba para se trocar, depois você volta.

                Subi correndo o mais rápido que pude. Droga! Droga! Droga! Não queria ver a cara dessas pessoas nem tão cedo na minha vida. Eu falei para o meu pai que estava precisando de um tempo e ele me apronta essa. Qual é? Será que eu não tenho voz dentro dessa casa? Todos me ignoram ninguém me escuta!

                Eu comecei a chorar, não conseguia aplicar uma camada de base na minha cara, porque as lágrimas atrapalhavam. Minha mãe bateu na porta e entrou.

- Angeline, você está com o rosto todo inchado, o que aconteceu? – Ela se sentou ao meu lado e pegou um lenço para secar minhas lágrimas.

- Isso tudo, mãe!

                Eu não conseguia parar de chorar, meu rosto foi ficando cada vez mais inchado e vermelho. Não consigo entender o motivo de estarem me fazendo passar por isso. Eu sou nova, tenho uma vida toda pela frente. Eu quero ser feliz!

- Eu quero ser feliz, eu só quero isso.

- Tudo o que a gente faz é para a sua felicidade, minha filha.

- Não, não é! Eu só tenho 19 anos e vocês estão me obrigando a casar com um cara que eu não amo, que eu não conheço. Como isso vai me deixar feliz?

- Mas você vai conhecê-lo, você vai amá-lo...

- Eu amo outra pessoa, mãe...

                Minha mãe ficou pálida. Eu não conseguia para de chorar. Tudo na minha vida está tão confuso, minha cabeça começou a rodar e eu senti que o ar não entrava em meus pulmões.

- Mãe, eu vou morrer, eu estou morrendo...

                Senti uma dor em meu peito, e o ar ficava mais pesado, e mais difícil de respirar. Tudo em minha volta ficou em câmera lenta, via toda a movimentação, mas não era capaz de me mexer ou falar. Eu travei...

                Meu corpo ainda estava dormente quando eu acordei, olhei para os lados e vi que estava em um quarto de hospital. Meus pais conversavam e nem perceberam que eu estava acordada, do outro lado do quarto estava o Nick.

- Ei... – Sussurrei para ele.

- Angeline! Graças a Deus! – Nick correu para me abraçar.

                Meus pais se aproximaram e ficaram me olhando. O que aconteceu para eu estar aqui? Ainda estou sonolenta e confusa.

- O que aconteceu? – Perguntei.

- Você teve uma crise de pânico. – Meu pai respondeu.

                É claro que eu tive, estão querendo me obrigar a se casar com um idiota que eu não conheço, com um cara que eu não tenho nenhum pingo de atração, afinidade... Tudo está muito difícil.

- É claro. – Sorri.

- Isso é culpa de vocês... – Nick tomou frente da situação. – Vocês estão obrigando ela a se casar com um cara que ela não ama, é lógico que uma hora ela iria surtar, não acham? Ou vocês acharam que seria fácil?

- Nick... – Tentei interromper.

- Cara, cadê o juízo de vocês? Perderam o bom senso?

- CALE A BOCA! – Meu pai gritou.

                Senti meu coração disparar de nervoso, e a maquininha começou a apitar.

- Ótimo agora ela vai ter outro piripaque. – Nick zombou.

- Eu estou bem agora, só preciso de um tempo. – Respondi.

- Sebastian está aqui, ele está preocupado com você, quer muito te ver. – Minha mãe falou.

- Ana, ela precisa de um tempo. – Nick rebateu.

- Ele é o noivo dela. – Meu pai falou. – Ele vai entrar sim, e nós vamos deixá-los a sós.

                Eu não quero nem pensar nessa merda toda, estou me sentindo grogue, devem ter me dado alguma coisa para eu relaxar. Eu comecei a rir. Meus pais e meu irmão me olharam confusos, é claro que eles não estão entendendo, nem eu estou. Mas cá estou eu, em um hospital depois de uma crise de pânico, totalmente dopada.

                Todos saíram do quarto e o Sebastian entrou, eu ainda estava rindo como uma idiota. Ele sorriu para mim e se sentou na beirada da cama.

- Qual é o motivo da graça? – Perguntou ele.

- Você é bonito, com certeza é. Todo engomadinho e engessado, seus pais são ricos, você faz faculdade de medicina, o sonho de qualquer menina. Mas sabe o que é engraçado?

- Não sei, Angeline. – Ele respondeu sorrindo.

- Você é meu noivo, e eu não gosto de você. – A expressão dele mudou, ficou com uma cara fechada na hora. – Eu, Angeline Collins, sou noiva de você, Sebastian Miller, mas eu não gosto de você, nem um tiquinho. Eu estou aqui nesse hospital, porque a idéia de me casar com você me deixou louca.

- Aonde você quer chegar, Angeline?

- Há lugar nenhum.

...

                Fique de castigo por mais uma semana depois do vexame que eu dei no hospital. Meus pais estão revoltados comigo, mas que agora eu deixei tudo bem claro. Quando meu pai devolveu as chaves do meu carro eu fui passar uns dias com o Nicholas na casa dele. Foi bom, conversamos, rimos muito e eu chorei.

                Posso sentir que algo está faltando, talvez esclarecer certas coisas, mas eu não sei por onde posso começar a procurar. Eu quero ver Z, quero tirar a limpo tudo que aconteceu, mas eu não sei por onde começar a procurá-lo. Ele não me deixou nenhuma pista de onde ele possa estar, ou como eu possa achá-lo. Eu só quero vê-lo.

               
- Maninha, eu trouxe um presente para você. – Nick falou assim que chegou da faculdade.

- O quê?

                Ele jogou no meu colo uma capinha de celular. Eu não tenho costume de trocar a capinha, ainda estou com a primeira capinha que eu comprei. Lembro-me que quando eu fui seqüestrada, Z jogou meu chip fora e formatou meu celular todinho, escondeu e só voltou a me entregar quando ele me levou até a estação de trem. Provavelmente ele fez isso para não conseguirem rastrear meu celular. Meu pai me deu um celular novo com um chip novo, mas eu só uso para ligação, meu celular antigo agora só serve para minhas redes sociais e jogos.

                Quando eu fui tirar a capinha para por a nova um pedaço de papel caiu, nele tinha um número anotado e a letra z, meu coração quase saiu pela boca. Senti-me pálida enquanto eu segurava aquele pedaço de papel. Ele me deu o número dele e eu demorei esse tempo todo para perceber.



                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário