In Love With A Criminal - Prólogo

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           Eu estava em um quarto de hospital, mas eu tenho certeza de que estou bem, ele não faria mal algum para mim, só faltava eu convencer esse cara que me faz perguntas da qual eu me nego a responder.
—Senhorita Collins, será muito mais fácil se você responder as minhas perguntas. - O detetive Smith chamou minha atenção. Eu estou disposta a não responder quaisquer perguntas, eu não posso entregá-lo. Isso parece loucura, querer defender uma pessoa que me sequestrou, mas eu sei que ele não faria mal a mim, ele não fez quando teve a oportunidade. Eu apenas quero voltar e encontrá-lo.
- Senhor Smith eu deixei bem claro que não responderei suas perguntas. Agora, por favor, dê-me licença, eu preciso descansar. - Fui rude com ele. Smith apenas suspirou em desaprovação, não ligo para isso, eu não posso entregá-lo.
- Está bem, eu voltarei em breve senhorita, Collins. - Falou e logo se retirou do quarto.
           Eu quero apenas saber o motivo dele ter feito isso, ele me sequestrou e não fez mau algum a mim, ele me ajudou a sair. Eu quero saber o porquê. Quero revê-lo mais uma vez.
- Angeline, por que não disse nada ao Smith? - Meu pai chegou bufando àquele quarto de hospital.
- Eu estou bem, ok? Até engordei um pouco, eu estou aqui! Por que queres procurar alguém que não fez mau algum a mim? - Falei no mesmo tom que ele.
- Você ficou uma semana em cárcere privado, uma semana sequestrada, você sabe como eu fiquei? - Ele gritou.
- Eu estou bem, você não se importa com isso?
- Ele te ameaçou, te fez mau e você está com medo de dizer? - Ele estava mais calmo, se sentou ao meu lado e acariciou meu braço.
- Não pai, não para as duas perguntas, eu estou bem…. - Falei olhando para as minhas mãos.
- Precisamos achá-lo. - Ele continuou com essa história, mas eu não quero que meu pai o ache e faça algo ruim a ele.
- Eu preciso dormir. - Murmurei.
- É claro querida.-  Ele beijou minha testa, apagou a luz e saiu do quarto. Era o momento de ficar sozinha depois que eu voltei, a jaqueta dele ainda está comigo, posso sentir o cheiro dele. Eu a apertei mais contra o meu nariz, como posso sentir algum tipo de afeto por alguém que me manteve presa por uma semana? Se eu ao menos pudesse conversar com ele, vê-lo novamente e pergunta porque ele não fez nada de ruim comigo, e o porquê dele ter impedido o amigo dele de fazer qualquer ato ruim comigo.
          Eu estava saindo do shopping quando senti alguém me agarrando por trás, não sabia quem era, eu tentei gritar, mas um pano foi colocado em minha frente, tinha um cheiro forte, fui perdendo meus sentidos até apagar completamente.
- Olha só, filhinha do senhor Collins está acordando. - Um garoto falou. Eu olhei em volta mas estava tudo escuro, tinha algo tampando minha vista, eu tinha uma fita adesiva em minha boca, estava sobre um colchão macio e forrado, com minhas mãos presas em alguma coisa, a posição era desconfortável. Eu tentei gritar, mas apenas saiam ruídos abafados, não era capaz de respirar direito.
- Não mocinha, não adianta gritar ninguém vai te ouvir. - Uma mão áspera tocou meu rosto, afastei-me para sair de seu toque. - Eu não vou te machucar, sua pele é tão macia. - A voz dele era ameaçadora e quase insuportável de se ouvir. Tentei me mexer, mas meus pés estavam presos também. Quem é ele? O que ele quer de mim? Dinheiro? Eu posso dar-lhe dinheiro, apenas me solte.
- Oh, mas a mocinha intocável chora. - Zombou de mim. Sua mão estava em minha perna, eu a puxei e machuquei meu tornozelo que estava amarrado. Eu não conseguia levar a quantidade necessária de oxigênio para meus pulmões, meu corpo estava tenso. Eu podia senti-lo próximo a mim, sua respiração estava calma tocando meu rosto, ele estava de joelhos na minha frente, eu podia senti-lo.
- Tens um corpo lindo. - Ele falou é tocou meu seio. Eu dei um grito que novamente foi abafado pela fita adesiva. Não por favor, eu prefiro a morte do que isso.
- Não tenha medo de mim, vai ser bom para nós dois…. - Ele levantou a minha saia, estremeci, sua mão estava me tocando. Não, por favor, mate-me, mas não faça isso.
- Ei o que você está fazendo? Largue-a agora! - Mais um homem chegou gritando. Quem é? De onde ele veio? Salve-me, por favor.
- Olha só para ela, olhe para esse corpo, vem me dizer que não quer aproveitá-lo? - A voz ameaçadora falou, percebi que ele levantou.
- Ela parece ser inocente, olhe para ela, eu falei que não a machucaria. - O outro caiu na gargalhada.
- Agora quer proteger a intocável? Qual é? Pensei que estávamos juntos nessa. - Riu mais uma vez. Quem são vocês? O que querem de mim?
- Nós estamos juntos nessa, mas desde que você não a machuque. Deixa que eu cuido dela. - Falou. Eu soltei um grunhido para chamar a atenção deles.
- Qual é o seu problema?
- Cara, não fala assim com ela, saía  daqui. - Quase gritou. Ouvi um barulho da porta batendo e passos na minha direção, ele se agachou na minha frente.
- Desculpe-me pelo meu amigo. Eu vou te ajudar aqui ok? - A voz dele era calma, mas, mesmo assim, estava desesperada. - Você está com fome ou sede? - Sim, eu estou, mas não vou aceitar nada, vai que ele tente me drogar. Sacudi a cabeça.
- Você precisa beber alguma coisa. Eu vou tirar essa fita de sua bica, não grite ninguém irá te ouvir. - Ele falou e puxou a fita lentamente para não me machucar.
- Quem é você? O que você quer comigo? - Cuspi as palavras. Meu coração batia rápido demais, eu poderia ter um infarto a qualquer momento.
- Não vou dizer meu nome para você, nem o motivo pelo qual você está aqui. Você precisa comer e beber alguma coisa.
- Não, eu não quero nada de você. - Minha voz estava trêmula, meu terror era visível.
- Ah, eu não vou drogá-la, não faria isso com uma menina como você. - Como assim como eu?
- Tire a venda de mim, por favor…. - A escuridão estava acabando comigo.
- Você não pode ver meu rosto. - Ele disse calmo. O fato dele estar totalmente calmo me deixava mais nervosa e com mais medo. Comecei a chorar sem provocar muito ruído. - Eu não farei mau a você, confie em mim.
- Como posso confiar em alguém que me sequestrou?
- Eu não vou maltratar você, eu tenho uma vingança a fazer, você não é minha vítima principal. - Ele falou com ódio.
- Então me solte. - Implorei.
- Não posso. - Disse ele e se levantou. - Você precisa comer alguma coisa, não a quero desnutrida ou doente. - Ele falou.
- Não vou comer ou beber nada, a não ser que você o faça primeiro. - Tomei coragem para dizer, ele suspirou.
- Tirarei a sua venda. - Ele se aproximou de mim e retirou o pano que cobria meus olhos, pisquei diversas vezes, meus olhos doíam por causa da luz. Olhei para o ambiente, era um quarto normal em que eu estava, penteadeira, estava sentada em uma cama, armário, tudo muito bem-arrumado e limpo, esse não parecia um cativeiro normal. Olhei para o homem que estava em pé na minha frente, eu o conhecia de algum lugar, mas minha memória estava falhando. Os olhos castanhos dele estavam me fitando. Como um cara tão lindo pode fazer uma crueldade dessas?
- Uh…. Obrigada…. - Sussurrei.
- Você tem que comer. - Ele falou.
- Eu só vou comer se você comer o mesmo que eu na minha frente.
- Está bem, eu comprei um hambúrguer no McDonald para você, espero que goste. - Ele está me tratando muito bem para quem está me sequestrando.
- Eu gosto. - Murmurei. Ele trouxe o saco do McDonald para perto de mim.
- Eu vou soltar suas, mas seus pés continuarão presos.-  Ele falou, ele soltou as algemas que prendiam meus pulsos, não estavam muitos apertados, mas a sensação de estar com as mãos livres é boa demais.
- Eu quero que você morda o hambúrguer primeiro.-  Eu falei. Ele pegou o hambúrguer e deu uma mordida, ele me olhou e o entregou para mim.-  O refrigerante agora.-  Peguei o hambúrguer e ele deu um gole no refrigerante.
- Satisfeita? - Ele perguntou. Sacudi a cabeça. Eu comi i hambúrguer, mas meu olhar não saía dele. Eu não consigo ter medo dele, ele me olha com um tipo de afeto estranho, e eu o conheço de algum lugar, só não estou lembrando de onde.
          A porta do quarto estava aberta, eu podia vê-lo sentado em um sofá marrom vendo televisão.
- Ei, eu preciso usar o banheiro. - Chamei a atenção dele. Ele levantou-se e andou até a mim.  Sem dizer nada ele soltou a parte da corrente que me prendia da cama.
- Siga-me. - Ordenou. Eu o segui, ele segurava a corrente, me senti uma cadela sendo puxada pela colheira. Era uma casa, arrumada e tinha tudo nela, eu olhei pela janela para ver se encontrava algo para me localizar, só tinha mato.
- Você pode me dizer que lugar é esse? - Perguntei, ele não respondeu. - Okay então. - Suspirei.- Não tem como você fugir daí.-  Ele abriu a porta do banheiro e soltou a minha corrente quando eu entrei. Fechei a porta, lavei meu rosto e me olhei no espelho, estava mais pálida que o normal. Quando eu terminei abri a porta, ele estava de pé.
- Uh…. Obrigada. - Falei olhando para os meus pés. Ele apenas acenou com a cabeça.
- Você quer tomar um banho? Eu tenho roupas para você aqui. - Disse ele.
- Por que me trata bem? - Ele me olhou, sua respiração ficou pesada.
- Não consigo maltratar garotas, especialmente como você. - Ele respondeu.
- Sim, eu gostaria de um banho. - Falei. Ele me puxou até o quarto onde eu estava, ele abriu o armário e tinha peças de roupas femininas.
- Só escolher qualquer coisa. - Eu peguei uma bermuda jeans e uma camisa de manga preta.
- Tem calcinha e sutiã também. - Ele resmungou.
- Por que tem tudo isso? - Perguntei olhando para ele.
- Por que não para de fazer perguntas? - Retrucou. Encolhi meus ombros. Ele abriu uma gaveta de peças íntimas, peguei uma calcinha e um sutiã. Ele me entregou uma toalha e eu fui tomar banho no banheiro que usei antes. Ele estava limpo, aquele local realmente não parecia um cativeiro. Tomei um banho demorado, precisava me concentrar em tudo que estava acontecendo, mas não tinha como, o jeito dele, é estranho. Eu não tenho medo dele Eu não tenho medo dele, e parece que tenho algum tipo de afeto por ele e ele por mim. Ele está cuidando tão bem de mim. Terminei o banho e coloquei a roupa, ela parecia estar nova, eu reconheço bem o cheiro de roupas novas, ele não pode ter comprado tudo.
        Eu acordei, ainda estava no hospital, me perguntei se o meu pai estava do lado de fora. Eu sonhei com ele, eu sonhei com o primeiro dia em que passei ao lado dele.
Verifiquei meu novo celular, já  o que eu tinha estava com ele. Tinha uma mensagem do meu irmão, ele é filho de um caso que meu pai teve antes de eu nascer, eu acho que eu nasci por causa da frustração da minha mãe, deve ser insuportável você saber que o seu marido engravidou outra mulher e não você, então eu nasci. Eu li a mensagem de Nick. 
Ei pirralha, eu cheguei no hospital tem pouco tempo, se você acordar fala comigo, quero ver a minha pirralha favorita.” 
           Ah só Nick para me fazer rir uma hora dessas, a pressão do meu pai sobre mim, eu ainda não tenho coragem de ver a minha mãe e nem sei se ela irá vim me ver. Acho meio estranho o amor de mãe que ela sente por mim, eu nem sei se ela me ama, eu nasci no meio de uma crise no casamento dos meus pais. Respondi a mensagem de Nick.
"Estou acordada. Pode vir me ver, mas não deixa o papai entrar" 

           Nem passou dois minutos para Nick entrar no meu quarto. Deus os olhos azuis dele era o que me deixaria tranquila agora. Mesmo com minha mãe não suportando a do filho fora do casamento de meu pai, eu não deixei Nick de lado, nem eu e nem meu pai, eu sei que ele ama Nick, é o seu filho homem. Minha mãe não consegue nem olhar para Nick sem fazer cara de repulsa, mas ela esquece que ele não tem culpa da canalhice do meu pai, ele apenas é o filho dele, ele não pediu para ser filho de Steven Collins, e nem eu pedi para ser filha dele.
- Pirralha! - Ele me abraçou.
- Eu não sou pirralha! - Fiz bico,
- Que merda hein, papai disse que você não quer dizer quem foi que te levou. - Ele se sentou na beira da cama. - Por quê? - Ele perguntou, erguendo as sobrancelhas.
- Eu não fui sequestrada. - Eu  menti, mas também não menti.
- Por que sumiu então? - Ele iria me pressionar até eu dizer alguma coisa para ele, eu o conheço bem.
- Eu passei um tempo com um cara, e meu pai está fazendo tempestade em um copo de água. - Tentei menti, mas no fundo eu sei que não o convenci.
- Então isso quer dizer que você não é mais virgem? - Eu ri.
- Eu continuo virgem. - Respondi, ele ficou com os olhos arregalados. - Então ele é virgem também, entendi. Qual o nome dele?
- Não direi. - Até porque eu não sei o nome dele. Nick me olhou confuso.
- Vice fica uma semana com um cara virgem que nem tocou em você, é você não me diz o nome dele? - Nick fingiu que estava bravo comigo, mas depois soltou uma risada gostosa. Como amo o meu irmão um ano mais velho.
- Ele não é virgem. - Eu falei. Claro que ele não é virgem, ele é muito bonito e parece ser centrado. Os olhos de Nick se arregalaram.
- Então ele só pode ser gay. - Falou sorrindo. Sorri de volta para ele.
- E como está a faculdade? - Mudei de assunto. Nick ama falar sobre faculdade. Ele começou a falar sobre uma nova garota que ele estava ficando, eu tentei prestar atenção, mas minha cabeça voou até ele, o cara com que eu passei uma semana e eu não tenho ideia do nome dele.
- Angeline você está me ouvindo? - Nick chamou minha atenção. Sacudi minha cabeça para afastar os pensamentos e me concentrei nele, Nick estava com as duas sobrancelhas erguidas.
- Desculpe-me. - Murmurei.
- Você gosta dele, quem é ele? - Ele não mudaria o foco agora.
- Eu não sei, eu não tenho ideia de qual seja o nome dele, mas eu não quero fazer mau a ele. Eu criei algum tipo estranho de afeto por ele. - Nick me olhou de boca aberta. Eu sei o quão estranho isso parece, mas eu gosto dele, ele me sequestrou, eu sei, mas eu preciso saber o motivo, isso tem a ver com o meu pai, mas eu não sei. Lágrimas estavam queimando meus olhos, olhei para cima na intenção de não deixar uma maldita lágrima cair dos meus olhos.
- Porra, Angeline isso é fodido. - Nick falou, surpreso.
- Você acha que eu não sei? - Retruquei. Ele suspirou, Nick segurou meu queixo e me fez olhar para ele.
- Angelina, nós precisamos achá-lo, mas papai não pode saber disso. Escute-me, nós vamos ir atrás dele. Eu te dou a minha palavra que papai não vai saber nada sobre isso. - Sacudi a cabeça. Eu sei que posso confiar no Nick, ele nunca faria nada para me magoar.
- Nick…. O problema está com nosso pai. - Falei baixo. Seus olhos azuis estavam arregalados quando ele me olhou.
- Como assim? - Perguntou confuso.
- Ele me falou, ele falou. - Minha voz fraquejou.
- Papai? Mas? - Ele estava tão confuso quanto eu. Ficamos nos encarando por algum tempo. Minha respiração estava pesada, eu estava me sentindo zonza, tentei engolir o caroço da minha garganta.
- Você sabe de alguma coisa? - Perguntei.
- Nosso papai, nos tirou de Vegas…. Porque…. Olha Angeline você não precisa saber disso. -  Nick me olhou cauteloso. Vegas? Eu nasci em Vegas e meu pai saiu de lá de repente.
- Você vai falar agora.
- Nosso pai, ele é…. Ele empresta dinheiro para jogadores de pôquer e quando eles estão devendo…. Papai mata pessoa Angeline, minha mãe era uma de suas acompanhantes de cassino, mas ele se envolveu com ela e você já sabe…. - É muita informação para a minha cabeça. Como assim papai faz essas coisas? Ele tem uma empresa de publicidade.
- Mas, mas é a empresa do papai?
- É tudo aparência. - Ele respondeu. Coloquei a mão na minha boca aberta. Eu me encostei e tomei uma respiração profunda.
- Eu preciso de um tempo para processar tudo isso. - Falei, encarei o teto. Muita informação para mim, muita informação. Como assim o meu pai?

CONTINUA

E aí meninas o que acharam? Eu devo ou não continuar com a fic???
Haha, quem quiser continuação, comente aqui!
Amo vocês! 

6 comentários:

  1. Continuaaaaaaaaaaaa quen eh o boy??? Liam Ou Zayn??? Continuaaaaaaaa

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  2. continuuuua, não queria q terminassssse !!! to mt curiosaaa ! :D

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  3. nao queria q esse capitulo terminasse agr ! continuaaa vai, pleaseee, faz logo o 2º!!

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  4. WoooooooooooooooooW
    Que foda mano :o
    By: Maga Castagnoli :p

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  5. Continuaaaaaaaaaaaaaa


    Xoxo : gossip girl

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