Aviso legal
Os personagens encontrados nesta história são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. Os eventuais personagens originais desta história são de minha propriedade intelectual. História sem fins lucrativos, feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas.
- Alô?
Era a
voz de Z. Ele atendeu depois de chamar seis vezes. Jamais seria capaz de
esquecer como a voz dele é. Senti o chão tremer debaixo dos meus pés.
- Z...
- Angeline. –
Ficamos em silêncio por um tempo. – Achei
que você nunca iria achar meu número, parece que você não sabe brincar de caça
ao tesouro.
- Caça ao tesouro? Muito convencido. – Brinquei.
- Mas é. Eu sei que
você não consegue para de pensar em mim e que você estava pensando em um jeito
de me procurar. Eu sou mais inteligente do que você pensa, Angeline.
- O que deu em você? – Perguntei.
- Por que perguntou
isso?
- Normalmente você não fala nada comigo e agora você está
falando.
- As coisas mudam...
- E mudam tão rápido assim? – Questionei.
Ele
ficou em silêncio, podia ouvir a sua respiração. Eu não iria atrapalhar esse
momento. Deixei que ele pensasse.
- Por que me ligou?
– A voz dele mudou, ficou sério de uma hora para outra.
- Tenho minhas perguntas.
- Um dia você irá
saber de tudo, dê tempo ao tempo, Angeline.
- Eu preciso te ver, Z. Por favor.
- Amanhã eu te busco
na faculdade.
Depois
disso ele desligou. Eu fiquei encarando o meu celular. Eu falei com ele, vamos
nos ver amanhã, dessa vez que não vou fazer perguntas, irei deixar que ele
conduza as coisas. Já estou ansiosa para o nosso encontro.
Pedi ao
Nick para me levar até a faculdade hoje, disse que iria almoçar com meus amigos
hoje depois da aula e que eles iriam me deixar na casa dele mais tarde.
Engraçado que ele não desconfiou de nada. Estou me sentindo estranha desde
ontem depois da ligação, um frio na barriga, mal consegui dormir essa noite, na
verdade eu não dormi, fiquei pilhada a noite toda olhando para a droga do teto.
Vi
Blair e Dylan conversando no banco do corredor da faculdade, eles são os únicos
amigos que eu tenho no momento. Fiquei conversando com eles até a aula começar.
Eu não conseguia prestar atenção em nada na minha volta, fico imaginando como
será quando a gente se encontrar, como ele irá agir comigo dessa vez. Ele foi
até engraçadinho comigo no telefone ontem, será que alguma coisa em relação a
ele mudou?
Eu não
sei aonde iremos chegar com isso tudo, mas estou ansiosa para saber o que irá
rolar entre nós dois. Estou ansiosa e com medo do que irá acontecer. Ele disse
que futuramente eu vou saber de tudo.
Meu
estômago doía cada vez mais, olhava para a hora e me dava calafrios pelo meu
corpo inteiro. A hora estava demorando demais para passar, eu não conseguia
tirar os olhos do relógio.
- Algum problema, senhorita Collins? – Meu professor me
tirou do meu devaneio.
- Não, perdoe-me.
- Tem que estar em algum lugar e não aqui? – Perguntou de
novo.
- Na verdade sim, sinto muito professor, mas eu tenho que
sair.
- Sem problema nenhum, eu não irei da falta para você.
Quando
eu voltei para a faculdade meu pai veio aqui para pedir aos professores para
pegarem leve comigo, porque eu estava passando por um momento difícil na minha
vida. Fiquei do lado de fora da faculdade tentando ligar para Z, mas nem
chamava, caía direto na caixa postal. Bosta!
Fiquei
uns trintas esperando, vi o carro dele se aproximando e eu comecei a me tremer
por inteiro. Ele saiu do carro e veio na minha direção, olhei em volta e todas
as meninas estavam olhando para ele. Z realmente chama atenção, ele é muito
gato.
Ele
chegou perto de mim e estendeu a mão, peguei na mão dele e caminhamos até o seu
carro. Ele abriu a porta para eu entrar, o observei dando a volta e entrando no
carro. Quando ele entrou ficamos em silêncio. Fiz como eu havia pensado, não
fiz nenhuma pergunta, nem para onde iríamos. Deixarei ele conduzir o nosso
encontro de hoje.
O
percurso foi todo em silêncio, até ele estacionar em um restaurante. Dessa vez
ele não segurou a minha mão. Sentamos-nos em silêncio e começamos a ler o
cardápio.
- Já escolheu? – Ele perguntou.
- Hambúrguer com fritas, eu estou fazendo uma dieta forçada.
– Respondi.
- Por quê?
- Minha mãe acha que eu engordei.
Ele não
respondeu. O garçom chegou e anotou os nossos pedidos. Eu fiquei olhando para
esperando ele dizer alguma coisa.
- Eu vou ao banheiro.
E sem
mais ele saiu. Fiquei sentada esperando por ele. Parece que ele quer se
aproximar, mas ao mesmo tempo ele não quer ficar próximo de mim. Eu quero
tentar entender ele, mas é difícil.
- Precisava fazer uma ligação. – Disse ele sentando-se no
seu lugar.
- Tudo bem. – Respondi.
- Como está a sua vida após o ocorrido?
- Quer saber sobre isso? – Questionei.
- E por que não?
- Está tudo muito confuso, sabe? Tem o lance do casamento e
eu...
- Casamento? – Ele indagou.
- Sim, eu nunca tinha te falado, eu vou me casar, mas não
porque eu quero... Meu pai quer que eu me case com o filho do amigo dele, ele
acha que será bom para os negócios.
- Sebastian Miller? – Perguntou.
- Como você sabe? – Fiquei chocada.
- Eu sei das coisas, Angeline. – Ele sorriu sarcástico.
Eu
fiquei assustada e não falei mais nada, apenas o encarei. Ele não me é
estranho, eu devo conhecê-lo de algum lugar, mas não me lembro de onde. Ele
estranhou o fato de eu o encarar, então ele levantou uma sobrancelha.
- Você é um stalker, ou sei lá, alguma coisa do tipo?
- Depende do modo que você irá interpretar, Angeline.
Ele
fala o meu nome como se exercesse algum poder sobre ele. Ele fala meu nome com
certa entonação, uma ênfase...
- Só irei saber interpretar quando eu souber de tudo.
- Você pode jogar verde comigo, Angeline, mas eu sou mais
inteligente.
Antes
que eu pudesse responder o garçom entregou o nosso pedido. Comemos em silêncio,
um encarando o outro. Mesmo não falando nada é bom ficar ao lado dele, olhando
para ele.
- Quer sobremesa? – Z perguntou.
Apenas
afirmei com a cabeça, continuava comendo o meu hambúrguer.
- Bolo de frutas, ou chocolate?
- Chocolate. – Respondi com a boca cheia ainda.
Se
minha mãe me visse comendo desse jeito ela iria me deserdar, com certeza iria.
Eu quase nunca tenho a oportunidade de comer essas coisas em casa, e no período
que eu fiquei com Z eu acabei me acostumando com esse tipo de comida. É muito
bom. Ele riu enquanto me via comendo.
- O que foi? – Perguntei sorrindo.
- Você está faminta – Ele riu. – Sente fome só disso, ou
gosta de outras coisas? – Ele deu um sorriso de canto.
Eu
engoli o último pedaço de hambúrguer quase que inteiro, senti meu rosto ficando
todo vermelho. Z riu mais ainda de mim.
- Achei que você fosse querer isso, mas você é certa demais
para essas coisas. – Eu me senti nervosa com o que ele me disse. – Não precisa
ficar com vergonha.
Eu não
respondi nada, fiquei pasmada olhando para ele, não esperava que ele fosse
dizer uma coisa dessas para mim, me senti constrangida e ele percebeu isso. Ele
não disse mais nada, o garçom trouxe minha sobremesa e ele ficou me observando
comer, de novo. Ele ficava alisando a barba e com um sorriso no rosto. Eu achei
que meu coração iria explodir a qualquer momento.
Antes
de ir embora eu fui ao banheiro. Fiquei me olhando no espelho tentando retocar
meu batom, mas eu tremia tanto que foi praticamente impossível fazer isso.
- Calma, Angeline, respira...
Tentei
me concentrar e nisso entraram duas meninas dentro do banheiro com risadinhas,
comentando sobre um cara gato e gostoso que está lá no restaurante, meu
estômago se embrulhou quando eu ouvi as duas descrevendo Z. Respirei fundo.
- É meu namorado. – Saiu da minha boca, disse isso sem
pensar.
As duas
olharam para mim e pararam com as risadinhas, sem dizer mais nada eu saí do
banheiro. Z estava no balcão comprando dois milk-shakes, provavelmente já deve ter
pagado a conta.
- Espero que você goste de morango. – Disse ele entregando o
meu. – Seu batom está borradinho aqui.
Ele
limpou o borrado do meu batom com o polegar e depois sorriu para mim, nesse
mesmo momento as duas meninas saíram do banheiro encarando nós dois.
- Obrigada, e por sinal, eu gosto de morango. Para onde
iremos agora? – Perguntei tomando um gole do meu milk-shake.
- Irei levá-la embora. – Respondeu.
Não disse
nada. Ele pegou na minha mão e saímos do restaurante, ele abriu a porta e
deixou-me passar primeiro que ele, eu fiquei feliz com os gestos cavaleiros
dele hoje, não sabia que ele poderia agir comigo dessa forma.
- Eu estou ficando na casa do meu irmão essa semana. –
Comentei.
- Por quê?
- Eu tive uma crise de ansiedade e ataque pânico, por causa
do casamento, meu irmão disse ao meu pai para eu ficar com ele por uns dias até
a poeira abaixar.
Ele não
falou mais nada, e eu acho que não preciso nem comentar sobre como foi à volta.
Quando ele estacionou em frente ao prédio de Nicholas eu esperei ele dizer
alguma coisa, ou ter alguma atitude, mas nada.
- Quando iremos nos
ver novamente? – Perguntei.
- Eu ligo para você.
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