Meu coração batia desesperadamente no meu peito. Eu queria pular
nos braços de Louis, mas achei que não seria legal fazer isso. Então apenas
fiquei em silêncio o observando. A respiração de Louis está pesada, como se ele
estivesse se sufocando.
— Eu só quero que você me dê uma chance, de ser bom para você e
para o nosso filho. Eu te amo, você é a mãe do meu filho...
Meu coração apertou ao ouvir o desespero na voz dele. Nunca pensei
em ver Louis sendo vulnerável como agora. Mas eu não iria aceitar tudo isso de
cara, apesar de infelizmente, sentir falta dele. Louis já me magoou muito, e eu
tenho medo que ele o faça novamente. Sinto medo de que tudo o que ele sinta
seja passageiro, sinto medo dele enjoar de nós dois e nos abandonar novamente.
— Sinceramente, eu não sei. — Foi à única coisa que eu consegui
dizer.
— Por quê? — Ele perguntou.
— Porque você já me magoou demais, e eu sinto medo de você o fazer
de novo. — Respondi.
— Eu não faria isso... — Ele sussurrou.
— Você já fez, você pode ter ajudado com dinheiro, mas me deixou
sozinha na hora que eu mais precisei.
— Eu prometo me redimir por isso todos os dias da minha vida. Eu
passei os últimos meses da minha vida pensando muito sobre isso.
Fiquei parada encarando Louis esperando por alguma coisa, ou sei
lá. Eu não sei como reagir a isso tudo, é muita informação para a minha cabeça.
Eu estou confusa, cansada e por um lado, eu estou com medo de acreditar em
Louis e depois ele me deixar sozinha com Troy. A melhor resposta que eu
consegui achar para ele foi o silêncio. Muitas vezes o silêncio é a melhor
resposta que alguém pode dar. E eu não me preocupo mais comigo, a única
preocupação na minha vida agora é meu filho, porque enquanto ele for pequeno eu
tenho que zelar pela vida dele.
Fiquei sentada de olhos fechados, querendo que alguma resposta
chegasse em minha mente de surpresa, mas a única resposta que eu consegui foi
os lábios de Louis tocando os meus. Quando nossos lábios se separaram eu me
senti incompleta, mais incompleta do que eu já estava. Foi diferente, quando os
nossos lábios se tocaram ocorreu uma sensação de choque por todo o meu corpo, e
pela reação de Louis eu posso jurar que ele sentiu o mesmo que eu.
E um ato sem pensar eu já estava no colo de Louis, o beijando
desesperadamente, a língua dele caçava pela minha lentamente. As mãos dele não
paravam em uma só parte do meu corpo. Compartilhamos em um beijo toda a saudade
que sentíamos um do outro. Novos sentimentos tomaram conta de nossos corpos com
esse beijo, dentro de nós dois, só veio a ânsia de querer mais um ao outro.
Nossos corpos sentiram a falta de cada toque, de cada beijo, de cada momento
que passamos juntos.
Louis me deitou na minha pequena cama, espalhou beijos molhados
pelo meu pescoço. Ele parou e olhou para mim como se estivesse pedindo
permissão para continuar, sacudi a cabeça permitindo.
— Dessa vez vai ser diferente, eu prometo. — Louis falou, enquanto
tirava a minha camisa.
— Por que você acha que vai ser diferente? — Perguntei.
— Porque eu descobri que te amo, porque eu vou passar a noite com
você, porque amanhã nós vamos ir buscar o nosso filho... — Ele deu um longo
suspiro e depois sorriu. — Porque nós vamos ser uma família, porque eu vou
mudar, porque eu vou amar você como uma pessoa nunca foi amada antes...
Senti vontade de chorar, mas chorar de felicidade, porque mesmo
achando é apenas um momento, isso é tudo que eu sempre sonhei em ouvir. Todas
as noites que eu chorei, toda vez que eu quis desistir, tudo passou a valer a
pena quando essas palavras saíram da boca de Louis, mesmo que no meu
subconsciente eu sei que nada dito poderia ser verdade. Mas eu decidi me
entregar ao agora mesmo sabendo das conseqüências que eu vou encarar depois.
Louis tirou meu sutiã e segurou os meus seios, eu prendi a
respiração com medo de sair leite deles, mas Louis foi esperto e não fez nada.
Ele começou a beijar a minha barriga, passou a língua pelo meu umbigo, deixando
cada pelo do meu corpo totalmente arrepiado. Quando ele chegou à minha calça,
Louis a tirou lentamente junto com a minha calcinha. Do nada veio um medo.
— Louis, meu corpo não é mais o mesmo... — Eu disse sentando-me.
— Como assim? — Ele perguntou.
— Depois da gravidez eu fiquei com algumas estrias e eu ainda não
consegui chegar perto do meu peso certo, então...
Antes de concluir a frase eu fui pega de surpresa com o Louis
levantando, eu sabia que o momento mágico não duraria por muito tempo. Ele olhou
em volta e caminhou até a porta, eu abaixei a cabeça, ainda não estou pronta
para vê-lo partindo novamente. A luz do quarto se apagou, a única luz que
ilumina o pequeno cômodo é a luz que vem de fora da janela. Levantei a cabeça e
olhei para Louis sorrindo para mim. Por mais que esteja um pouco escuro, eu sou
capaz de ver o sorriso brilhante dele.
— Eu não vou embora (seu nome), só se você querer que eu vá. — Ele
disse.
Fiquei quieta olhando para ele. Eu não quero que ele vá embora,
queria poder dizer nunca mais, mas o futuro com Louis é bem incerto. Eu dei
umas batidinhas na cama em minha frente para ele se sentar. Louis se sentou na
minha frente rapidamente. Eu me aproximei mais dele e o beijei. O beijei com
ternura, quero que Louis veja o quanto eu gosto dele, e não sei se sou capaz de
demonstrar isso com apenas um beijo, mas a forma como ele beijou-me de volta
demonstrou que Louis entende. Louis entende que eu o amo de verdade, que mesmo
depois dele ter me abandonado meu amor continuou fiel a ele.
— Tira a minha virgindade. — Louis pediu sorrindo.
— Quê? — Perguntei sorrindo.
— Eu sou virgem de fazer amor. Se nós dois fizermos amor agora,
você vai ser a minha primeira. — Eu sorri com a resposta de Louis. Só ele para
dizer isso em um momento desse.
— Então eu vou tirar a sua virgindade. — Sorri.
Tirei a camisa de Louis e depois comecei a desabotoar a calça
dele. Ele ficou observando ansiosamente o que eu fazia. E quando eu finalmente
consegui livrá-lo do aperto da calça e da cueca dele. Louis sorriu quando
finalmente se viu "liberto". Segurei o pênis dele e o coloquei em
minha boca. Prometi a Louis que tiraria a "virgindade" dele, como a
intenção é fazer amor, eu vou ser bem lenta hoje.
Os gemidos de Louis estão baixos no mesmo ritmo em que eu estou
fazendo o meu trabalho com a minha boca. Ele segurou o meu cabelo com as duas
mãos e o puxava com força. Quando eu percebi que ele iria gozar eu parei.
— Por quê? — Ele perguntou, fazendo bico.
— Temos que deixar um pouquinho para mim não acha? — Perguntei.
— Sim, mas o que você pretende fazer agora? — Ele perguntou, com
um sorrido malicioso em seus lábios.
Aproximei-me mais de Louis e fiquei em cima dele. Ele sorriu
quando percebeu o que eu iria fazer. Louis encaixou o pênis dele em mim e eu
sentei lentamente. Observei Louis franzido a sobrancelha e jogando a cabeça
para trás. Observar a expressão de prazer no rosto de Louis deixa-me mais
excitada que o normal.
Louis agarrou no meu cabelo puxando-me para beijá-lo. Senti falta
dele, senti falta de tudo. Tudo isso está sendo tão mágico que não parece ser
real. Louis segurou na minha cintura e começou a fazer com que os meus
movimentos ficassem mais rápidos. Eu subia, descia e rebolava em cima dele. O
que era para ser "amor" virou um sexo da forma em que fazíamos antes.
Deixamos o prazer controlar o nosso ritmo. E conforme o nosso prazer aumentava
o nosso ritmo aumentava junto.
Eu estava perto de entrar em um orgasmo, quando foi ficando mais
fraco, comecei a rebolar levemente para esperar a grande onda de prazer chegar a
meu corpo. Quando o orgasmo me invadiu, soltei um gemido alto. Louis ficou
beijando o meu pescoço e depois foi para a minha boca. Trocamos beijos calmos
enquanto eu tentava controlar a minha respiração.
Fiquei um tempo sem sexo. Fazer agora foi um tanto que
maravilhoso, porque literalmente eu senti muita falta de ter um bom orgasmo
como esse que acabei de ter. Talvez eu fique menos estressada, porque ficar sem
sexo é tortuoso, eu fico estressada com tudo, não durmo direito como deveria.
Talvez a sensação de relaxamento que o sexo trás é importante para encarar o
dia-a-dia, ainda mais agora que eu vou ter um filho para criar.
— Você está bem? — Louis perguntou.
Sacudi a cabeça em resposta e Louis voltou a me beijar. Ele me
deitou na cama e ficou por cima de mim. Os braços do Louis ficaram a cada lado
da minha cabeça, flexionados deixando os músculos dos bíceps dele perfeitamente
contraídos.
Ele entrava e saía lentamente. Ele gemia deliciosamente em meu
ouvido. Ter Louis entregue a mim é algo novo, mas inacreditavelmente mágico.
Não pensei que ele iria ser vulnerável em um ato sexual como ele está sendo
agora. Nunca acreditei que seria real, nunca acreditei que Louis teria a
capacidade de fazer amor comigo dessa forma.
Louis começou a choramingar no meu ouvido e eu o beijei. Ele
estava tão entregado ao prazer que não conseguia respirar direito. Com o prazer
dele o meu veio. Ele gemeu um pouco mais alto e me beijou um pouco antes de se
retirar de dentro de mim. Louis se afastou um pouco e gozou na minha barriga.
Ele gemeu tão intensamente quando jatos de sêmen saiam do seu pênis.
Depois de um banho eu fiquei sentada na cama esperando por Louis.
Ele apareceu no quarto depois tomar um banho por 10 minutos. Ele sentou-se na
cama, apenas de cueca, e soltou um longo suspiro. Esperei por mais uma desculpa
esfarrapada dele para poder ir embora. Porque é sempre assim. Eu já me adaptei
a essa realidade. Eu não sou mais capaz em acreditar no que Louis promete. Foi
ótimo ele ter registrado o nosso filho, mas eu não tenho a garantia de que ele
fique com nós dois.
— Que horas iremos buscar nosso filho amanhã? — A pergunta de
Louis me pegou de surpresa. Levantei a cabeça com um sorriso de ponta a ponta
da minha orelha.
— O mais cedo possível, não tem um horário certo para alta. —
Respondi.
Ele suspirou e olhou para mim. Foi nesse momento que eu esperei
que ele falasse que iria embora e que me encontraria amanhã cedo no hospital.
Eu aprendi a ser muito pessimista em relação ao Louis. E eu não sei se isso é
bom ou ruim. Pelos menos eu já estou preparada para pior. Não pretendo sofrer
da próxima vez que eu for abandonada.
— Como vamos nos virar para dividir uma cama de solteiro? — Louis
perguntou.
— Hã?
— Você quer que eu durma no sofá? — Louis perguntou, sorrindo.
— Você vai dormir aqui? — Perguntei, ainda não acreditando.
— Eu prometo a você que não iria embora, eu prometi que vou ficar
te perturbando sempre. Eu não pretendo ir embora... Nunca mais.
...
Sair desse hospital com meu filho no colo, com Louis ao meu lado ajudando-me
a carregar as coisas do nosso filho, é um sonho. Que talvez esteja sendo
realizado. Louis colocou as bolsas no porta malas, e eu sentei no banco
traseiro para segurar Troy, o carro de Louis não tem um bebê conforto e para a
segurança de Troy é melhor sentar no banco traseiro com ele no colo.
— Eu vou comprar um bebê conforto ainda hoje. — Louis disse,
enquanto entrava no carro. — Vamos passar na minha mãe, quero que ela conheça o
neto dela. — Louis comentou.
— Mas você não falou nada para ela, eu não queria que ninguém
soubesse...
— A mídia e as minhas fãs não irão saber, mas a minha família e
amigos saberão. — Respondeu.
— E se sua mãe não...
— Não seja tão pessimista a esse ponto. Ela irá amar o neto dela.
Decidi não falar mais nada. Fiquei admirando o meu pequeno Troy em
meu colo. Nunca pensei que poderia amar alguém tão fortemente como eu amo esse
menino que está em meus braços. Eu não era capaz de entender o amor, mas agora
com ele eu sei o que realmente é. Eu comecei a viver quando o vi pela primeira
vez, eu não sabia o que era vida antes de dar a luz a esse pequeno.
Quando Louis estacionou, eu dei um longo suspiro. Não me preparei
psicologicamente para isso hoje. Abri a porta do carro para sair, mas...
— Ei, eu vou te ajudar. Você está com o nosso filho no colo,
precisa de ajuda. — Louis me advertiu.
— OK. — Murmurei.
Louis vai ser o tipo de pai chato. Mas parece que vai ser um ótimo
pai. Eu só espero que ele cumpra o papel de pai que eu espero. Não quero que
ele abandone Troy mais uma vez.
Louis pegou Troy do meu colo e só depois eu saí do carro. Ele
disse que faria questão de segurar o filho dele em seus braços para a família
dele vê-lo como pai. Eu ri do pensamento dele, mas eu o entendo de certa forma.
Continua
Gente eu ainda vou postar a última parte, eu fiquei muito tempo sem postar nada, então decidi postar essa parte "incompleta".
Meu notebook está dando ruim de novo, se o capítulo estiver com erros me perdoem.
Comentem!
Amo vocês.
XoXo
